sábado, 31 de outubro de 2015

AUDIE MURPHY - HERÓI AMERICANO DA SEGUNDA GUERRA



Se você gosta de filmes antigos de faroeste, então deve conhecer Audie L. Murphy. Mas você conhece a trajetória dele para chegar as telas?


Audie Murphy em cena (fonte: www.audiemurphy.com)
    
    Esse ator é o soldado mais condecorado dos Estados Unidos da América, um verdadeiro herói de guerra devido sua bravura nos campos de batalha da Europa. Porém, seu ingresso no Exército se assemelha ao drama de Steve Rogers, do filme Capitão América, eu explico:

Audie, um humilde texano franzino de 17 anos e de apenas 1,65 m tentou se alistar nos Corpo de Fuzileiros Navais após o ataque japonês a Pearl Harbor, porém não foi aceito. Aos 18, entrou para a infantaria do Exército, onde sofreu diariamente com brincadeiras sobre seu porte físico e altura. Após superar o treinamento, foi enviado com sua unidade para a Sicília em 1943, onde o pequeno soldado mostrou seu valor, participando dos fronts italianos, franceses e alemães. 

Seu feito mais notável aconteceu França quando, mesmo ferido na perna, ele reprimiu praticamente sozinho (sua unidade estava dizimada) o avanço de uma unidade de infantaria nazista, após uma hora de intenso tiroteio.  Estima-se que ele tenha matado, em todas as campanhas, mais de 200 inimigos.

Murphy foi capa da Revista Life
Em três anos de participação na guerra, seus atos de heroísmo lhe renderam 32 condecorações e promoções até o posto de Tenente. Sua conduta e histórias foram destacadas no pós-guerra e, após uma reportagem na Revista LiFE, ele foi convidado a estrelar filmes em Hollywood. Foram mais de 40 filmes, a maioria deles de faroeste.
 
Audie Murphy morreu ainda novo, quando o pequeno avião em que estava viajando  bateu nas montanhas da Virgínia (EUA) em 1971. 

referências:

- Texto é de autoria do autor do blog.

- Crédito das fotos: site Audie L. Murphy Memorial (confira o site!)


 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

TROPAS: Soldados Gurkhas



Gurkhas tem sido parte do exército britânico por quase 200 anos, mas quem são esses lutadores nepaleses temíveis?



 
"Melhor morrer do que ser um covarde" é o lema dos soldados nepaleses Gurkha, mundialmente famosos que são parte integrante do exército britânico. Eles ainda carregam na batalha sua arma tradicional - uma faca curvada de 18 polegadas conhecida como o kukri. Em tempos passados, dizia-se que uma vez a kukri fosse desembanhada em batalha, ela teria "gosto de sangue" – caso contrário, o seu proprietário teria que cortar a si mesmo antes de devolvê-la à sua bainha. 







Principe Harry serviu junto a Brigada Gurkha no Afeganistão

ORIGEM


O nome "Gurkha" vem da cidade montanhosa de Gorkha a partir do qual o reino do Nepal havia se expandido. As fileiras da Brigada sempre foram dominadas por quatro grupos étnicos, os Gurungs e Magars do centro de Nepal, a Rais e Limbus do leste, que vivem em aldeias de agricultores de montanha empobrecidos.

O potencial desses guerreiros foi visto pela primeira vez pelos britânicos no auge de seu império de colonial, no século passado. Os vitorianos os identificou como uma "raça marcial", percebendo neles qualidades particularmente de tenacidade.

Depois de sofrer pesadas baixas na invasão do Nepal, a British East India Company assinaram um acordo de paz precipitada em 1815, o que também lhe permitiu recrutar soldados a partir das fileiras do antigo inimigo.

Após a divisão da Índia em 1947, um acordo entre o Nepal, Índia e Grã-Bretanha cedeu quatro regimentos Gurkha do exército indiano transferidos para o exército britânico, que acabou se tornando a Brigada Gurkha. Desde então, os Gurkhas tem lutado lealmente com os britânicos por todo o mundo, recebendo treze Victoria Crosses (condecoração) entre eles. 


Rainha Elizabeth em revista à Brigada Gurkha
EMPREGO


Eles servem em uma variedade funções, principalmente na infantaria, mas com um número significativo de engenheiros, técnicos de logística e especialistas em sinais.

Mais de 200.000 lutaram nas duas guerras mundiais, onde 43.000 homens perderam suas vidas, mas seus números foram reduzidos drasticamente de um pico na II Guerra Mundial de 112.000 homens para cerca de 3.500 atualmente. Nos últimos 50 anos, eles têm servido em Hong Kong, Malásia, Bornéu, Chipre, as Ilhas Malvinas, Kosovo e agora no Iraque e no Afeganistão.




SELEÇÃO


Os soldados ainda estão selecionadas a partir de jovens que vivem nas colinas do Nepal - com cerca de 28.000 jovens iniciam o processo de seleção para um pouco mais de 200 vagas por ano. O processo de seleção tem sido descrito como um dos mais difíceis do mundo e é fortemente contestado.
Esperançosos, jovens tem que correr aclives por 40 minutos carregando uma cesta de vime em sua parte traseira cheia de pedras pesando 70 libras.

Após ingressarem na Brigada, eles mantêm seus costumes e crenças do Nepal, e a brigada segue festas religiosas, como Dashain, em que - no Nepal, e não os do Reino Unido - búfalos e bodes são sacrificados. 

Treinamento com faca




APOSENTADORIA


Atualmente, os Gurkhas são baseados em Shorncliffe, mas eles não se tornam cidadãos britânicos. Historicamente, Gurkhas que cumpriram seu tempo no Exército - um máximo de 30 anos, e um mínimo de 15 para conseguir uma pensão – são devolvidos ao Nepal.

Gurkha veteranos também têm lutado por pensões iguais com os soldados britânicos. Sua associação alega que o governo britânico lhes paga um terço da renda dos soldados baseados no Reino Unido.



REFERÊNCIAS:

- O texto foi traduzido e adaptado do Site da BBC NEWS (CONFIRA NA ÍNTEGRA)

- Site Oficial do Exército Britânico : ACESSE O SITE

- Fotos foram extraídas da internet


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

ARMAS: Faca Kukri

Os Gurkhas são soldados nepaleses que compõem o Exército britânico. Estes pequenos guerreiros são conhecidos como uma das mais temíveis tropas de assalto do Exército Britânico, devido a sua tenacidade nata em combate, usando equipamentos convencionais das tropas britânicas e principalmente as suas tradicionais facas "kukri".




        Os Gurkhas como uma unidade de infantaria de elite, usam o mesmo equipamento moderno das outras unidades do Exército britânico, com uma exceção notável: o kukri, arma nacional nepalesa, que dispensam por nada e se aplicam no treinamento do seu  manuseio, cuja técnica foi obtida de ancestrais. Embora essa faca seja produzida em vários tamanhos (cerca de 25 a 40 cm de lâmina), todas elas têm em comum a lâmina curva.  

      
  Uma sólida empunhadura de madeira nativa da índia e mais o fato de que o fio é também curvo, são os principais fatores que intensificam a energia aplicada a golpes com essas facas. A partir de uma espiga redonda, a lâmina se achata e se alarga, tomando a forma de uma folha, com a ponta aguçada. A parte externa da lâmina é rombuda e grossa, mas o lado interno é como um fio de navalha. Feito de aço de primeira qualidade, o kukri é muito eficiente quando usado como cutelo. 

      
        Projetado com vistas à versatilidade, pode ser utilizado para abrir caminho na mata fechada, construir abrigos, rachar lenha ou como uma perigosa arma de combate. Os simétricos dentes constantes ao início do fio de uma kukri não servem - como se propaga - para arrebentar, logo ao início, a jugular do inimigo, mas sim para evitar que o sangue penetre na empunhadura, aumentando a possibilidade de comprometer o espigão da faca. 


       
       A kukri não se trata, de modo algum, de uma faca para ser lançada; ela é reservada para combate corpo a corpo. A curta distância, o kukri pode ser manejado com mais facilidade que a baioneta dos fuzis, além de provocar ferimentos mais graves. Desde que foram incorporados ao Exército britânico, os Gurkhas levam o kukri numa bainha presa ao cinto, junto aos outros itens do equipamento comum. Nessa posição, a faca pode ser puxada com rapidez. 






         
        Os Gurkhas em muitas guerras passadas as utilizavam para, aproximando-se silenciosamente de seus inimigos, deceparem-lhe a veia jugular, causando morte quase imediata; em combate aproximado, a kukri normalmente era empunhada com a ponta para cima, possibilitando, assim, assestar terríveis (e na maioria das vezes, mortais) golpes na fronte dos inimigos.

       
       Hoje na guerra moderna mais que tudo, a arma provoca um efeito psicológico devastador, e muitos soldados inimigos preferem fugir a ter de enfrentar os assustadores kukris dos combatentes Gurkhas. Segundo uma lenda, quando desembainham a kukri (inclusive só para limpá-la) sempre têm que haver derramamento de sangue, pois isso quando não está em combate um Gurkha deve ter um corte em um dedo ou em uma das mãos antes de guardá-lo, mas isso é apenas uma lenda.


REFERÊNCIAS:

- MEN AT ARMS, ed Osprey

- Fotos retiradas da internet
 

domingo, 25 de outubro de 2015

ARMAS: Coquetel Molotov

Esse é o artefato incendiário caseiro mais famoso do mundo, veja motivo:

 

ORIGEM:
        A origem desse artefato incendiário explosivo é incerta, mas estudos indicam que  ele surgiu durante a Guerra Civil Espanhola (1936-39) quando foi usada contra os tanques Nacionalistas pelas forças Republicanas. Após o emprego nesse conflito, a arma ficou caracterizada por ser fácil de produzir e manusear, assim passou a ser utilizada por forças regulares e, principalmente, por irregulares nos conflitos que se sucederam ao redor do mundo.

BATISMO:
        Na fase inicial da Segunda Guerra Mundial, a União Soviética, então aliada Nazista, invadiu a Finlândia entre 1939 e 1940. Diante da recusa de se subjugar, o exército finlandês, despreparado e o obsoleto, enfrentou o  exército Vermelho. Então, usaram o engenho incendiário improvisado contra os tanques soviéticos.
diplomata Vyacheslav Molotov
        Nessa ocasião, recebeu seu atual nome. Devido a transmissão de rádio do diplomata soviético Vyacheslav Mikhailovich Molotov,  onde disse que "a União Soviética não estava lançando bombas, mas entregando comida aos finlandeses esfomeados". Como resposta, os finlandeses chamaram às bombas incendiárias de cesta de comida de Molotov, mais tarde batizadas de coquetel (cocktail, mistura) Molotov. 
fonte das fotos: wikpédia

         O artefato foi usado por ambos os lados na Segunda Guerra Mundial, principalmente devido à sua qualidade de degradar a moral do inimigo. Por exemplo, durante a Revolta do Gueto de Varsóvia em 1943, o coquetel Molotov foi usado contra as tropas nazistas.

Soldado Finlandês com o artefato

COMPOSIÇÃO:

        Esse artefato possui variações, porém sua composição básica consiste em uma garrafa de vidro contendo uma substância inflamável com pano embebido em alcool ou algo similar em volta do gargalo. O pano é incendiado antes do artefato ser lançado e ao atingir o alvo, a garrafa quebra e sua mistura inflamável reage quimicamente, o que causa a expansão da chama.
         Ainda hoje em dia, o coquetel Molotov é uma arma comum em manifestações violentas

fonte: www.fotosdomundo.com.br


REFERÊNCIAS:

- O texto foi escrito pelo autor do Blog.

- As fotos foram encontradas no site wikipédia ou sites mencionados na legenda. 


 

sábado, 24 de outubro de 2015

Mongóis vs. Samurais - O Vento Divino

Estátua de Kublai Khan (fonte: www.popsci.com)
          No século XIII, os mongóis haviam conquistado vastas terras na Ásia. Kublai Khan, neto do grande Gênghis Khan tentava unificar a China ao mesmo tempo em que buscava novas conquistas.  Khan desejava submeter o Japão, utilizando um exército preparado e experiente.
Naquela época, o Japão era dominado por uma aristocracia militar, os samurais, que detinham o poder local. Entretanto, grande parte da população japonesa era composta por agricultores sem nenhuma experiência militar. O Imperador era apenas uma figura decorativa, pois o real comando cabia ao xogum, o grande comandante militar japonês.

Embora fortemente influenciado pelo budismo desde o século VI, a religião predominante no Japão era o xintoísmo. A filosofia desta religião dava extrema importância às forças da natureza, cujos elementos seriam complemento do próprio ser humano. O universo não seria regido por leis físicas, mas por forças observáveis por uma sensibilidade apurada e ditadas por uma vontade misteriosa.

Em 1274, o Khan organizou a maior frota até então vista: 900 embarcações que levavam uma força de 20 mil homens, entre mongóis, chineses e coreanos. A pouca capacidade de mobilização das tropas japonesas e o pouco tempo para recrutamento e adestramento imprimiam a certeza da vitória do Khan. Contudo um forte tufão destroçou mais de um terço das embarcações na baía de Hakata e desorganizou todo o resto da frota. Sem o fluxo logístico e com o planejamento prejudicado a tropa ofensiva decidiu retornar à Coréia.

Sete anos mais tarde, Kublai Khan reuniu  cento e quarenta mil homens em cerca de quatro mil navios. Novamente a baía de Hakata seria a cabeça-de-praia (ponto do litoral onde se projeta o poder naval sobre a terra) para a invasão. As forças defensivas do Japão foram estimadas em menos de 10 mil homens. O potencial defensivo japonês havia aumentado devido a trabalhos preparatórios de engenharia, quando foram construídas barricadas. O ímpeto dos samurais adiou por alguns meses o desembarque mongol. Quando a resistência nipônica estava prestes a ceder, novamente um tufão varreu a frota atacante. Desta vez com resultados muito mais avassaladores. Mais de três mil navios foram destroçados em uma costa pedregosa ou afundados no mar. Os sobreviventes voltaram derrotados e desistentes de enfrentar o Japão novamente.

Kamikaze (fonte www.infoescola.com)
Os japoneses atribuíram às suas divindades as vitórias na baía de Hakata. O “vento divino”, ou kamikaze em seu idioma, ficaria agregado à cultura e ao folclore japonês. Sete séculos depois o Japão viu-se em outra guerra, a Segunda Guerra Mundial; agora como atacantes e não como defensores.

 Uma vez mais em uma situação desvantajosa, recorreriam aos seus espíritos. Na era contemporânea os samurais, convertidos em modernos ases, ofereciam suas vidas ao chocar suas máquinas de guerra contra as do inimigo, em um ato nobre de desespero. O milagre não veio.  Os kamikazes não venceram o inimigo. O vento divino deu lugar ao sopro da morte criado pelo homem e arremessado em Hiroshima e Nagasaki.
Kamikazes antes da ação (fonte: ultracurioso.com.br)

REFERÊNCIAS:
O texto é uma colaboração de Felipe Pereira Barbosa e foi publicado originalmente no Blog Amigos do Saber
  



 

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

EVENTOS: XXVII Encontro Nacional dos Veteranos da FEB

Pessoal, 

Acontecerá em Santa Rosa-RS, o XXVII Encontro Nacional dos Veteranos da FEB no período de 18 a 21 de novembro. O evento fica como sugestão para quem curte a história da Força Expedicionária Brasileira!

 

Segue abaixo, o informativo extraído do Portal FEB:

      Esta será a primeira vez que o evento acontecerá em uma pequena cidade do interior. Entre os dias 18 e 21 de novembro Santa Rosa vai reviver a história. Estarão na cidade ex-combatentes da 2.ª Guerra Mundial, um conflito que envolveu diversos países inclusive o Brasil.  Esta será a vigésima sétima edição do  Encontro Nacional dos Veteranos da FEB. Um evento tradicional  que tem o objetivo de promover a aproximação dos ex-combatentes e suas famílias.
      Além da confraternização e troca de experiências estes momentos também servem para discutir direitos, o futuro  e as perspectivas dos veteranos e seus descendentes. Por isso palestras e debates serão feitos. Os visitantes conhecerão a cultura e  a economia local, uma boa oportunidade de fortalecimento do turismo regional. Nestes quatro dias a comunidade terá oportunidade de acompanhar parte da programação como a exposição de Veículos Militares Antigos e um desfile pelas ruas da cidade com veículos antigos e os ex-combatentes. Segundo o presidente da comissão organizadora Ten. Cel. Vladimir Ribas, este será um momento histórico para a cidade: “Santa Rosa se candidatou em 2014, no Encontro do Rio de Janeiro, para ser sede do evento, porque aqui temos história pra contar. Esta também é a forma de homenagear nossos antepassados que ofereceram a própria vida pelo país”. A expectativa é de reunir cerca de 150 pessoas, entre ex-combatentes e familiares.


Conheça o Site Portal FEB!

O evento está marcado no Facebook : XXVII ENVFEB