quinta-feira, 15 de outubro de 2015

EVENTOS: VII Encontro Internacional de História sobre as Operações Bélicas na Guerra da Tríplice Aliança

Olá amigos, gostaria de compartilhar com vocês esse evento que participei e aproveito para compartilhar também a cobertura feita pelo colega Gustavo Freitas em seu Blog (vale a pena conferir!):

Amigos do Saber   


Tendo por tema o Sesquicentenário da Retomada de Uruguaiana, foi realizado na cidade o VII Encontro Internacional de História sobre as Operações Bélicas na Guerra da Tríplice Aliança. O evento contou com a presença de inúmeras autoridades civis e militares de todos os países envolvidos no conflito.




Conferência de abertura com o Dr Doratioto (esq.)


O evento contou com apresentações regionais
Sesquicentenário da Retomada de Uruguaiana:
Tropas ao redor de Uruguaiana
    Uruguaiana, bela cidade situada na fronteira do Rio Grande do Sul com a cidade argentina de Paso de los Libres, reviveu, nos dias 10 e 11 deste mês, um dos episódios mais importantes de sua História e que foi fundamental para a "virada de jogo" das tropas aliadas durante a Guerra da Tríplice Aliança: a retomada da cidade das tropas paraguaias, ocorrida em 18 de setembro de 1865.  Façamos uma breve viagem pelo tempo para compreendermos como se deram os fatos...
    A partir de maio de 1865, comandados pelo Tenente Coronel Antônio de la Cruz Estigarribia, uma força de pouco mais de 10.000 soldados paraguaios começa a se aproximar do Rio Grande do Sul. As tropas do Paraguai tomam, inicialmente, a cidade argentina de São Thomé. Logo em seguida, no dia 10 do mês de junho, a cidade de São Borja (RS) é invadida e saqueada. Partem na direção de Itaqui e, mesmo após alguns baixas sofridas na breve Batalha do Rio Botuí em 26 de junho, ocupam-na em 07 de julho.

    Contrariando as ordens de Solano López, que determinara que os paraguaios permanecessem em Itaqui, Estigarribia resolve por suas tropas em marcha. O destino seguinte é a cidade de Uruguaiana. Em 17 de julho, os guaranis transpõem o rio Ibicuí, e no dia 22 já estão nas imediações do objetivo. Do lado direito do rio Uruguai, o Major paraguaio Pedro Duarte prosseguia em terras argentinas, na que hoje é a cidade Paso de los Libres. 

    Finalmente, a cidade de Uruguaiana, abandonada pelos seus habitantes, é ocupada no dia 05 de agosto. Os paraguaios permanecem por cerca de um mês em Uruguaiana. A população busca refúgio nas cidades circunvizinhas, principalmente em Alegrete.

    Um fato de grande importância aconteceu enquanto se desencadeavam as ações lideradas por Estigarribia: o Imperador Dom Pedro II se dirige em direção à Uruguaiana, acompanhado em sua comitiva pelo então Marquês de Caxias e pelo Conde d´Eu. Nesse ínterim, Venâncio Flores, presidente do Uruguai, enfrenta o contingente do Major Pedro Duarte, no lado argentino do Rio Uruguai, na Batalha de Yataí, obtendo vitória dos aliados em 17 de agosto. Sabendo da vinda do Imperador brasileiro, o presidente da Argentina Bartolomeu Mitre decide encontrar-se com ele, chegando em Uruguaiana no dia 10 de setembro.

    D. Pedro II e sua comitiva, enfim, chegam em 11 de setembro. É necessário uma semana, que teve por finalidade realizarem os preparativos para a ofensiva. Os três chefes de estado aliados se reúnem a bordo do navio "11 de junho". Por fim, o Imperador brasileiro realiza a revista da tropa brasileira no dia 16. Assume o comando das forças brasileiras o Barão de Porto Alegre.

    Após uma tentativa de fuga sem sucesso na madrugada anterior, no dia 18 de setembro as tropas paraguaias se encontram cercadas pelas forças aliadas. Estigarribia, cercado há mais de um mês e com os suprimentos já esgotados, é forçado a se render. Com a deposição das armas, o Imperador e as tropas aliadas, finalmente, entram na Vila de Uruguaiana. 

   
    De acordo com o General Leal, grande pesquisador sobre a Guerra da Tríplice Aliança, a Retomada de Uruguaiana foi importante pelos seguintes fatores:

  • Presenciou a reunião dos três líderes dos Estados aliados envolvidos: D. Pedro II, Bartolomeu Mitre e Venâncio Flores.
  • Restabeleceu a unidade do País, elevando o moral das tropas com a conquista.
  • Representou o fim da ofensiva paraguaia. 
  • Antigos sentimentos de separação do Rio Grande do Sul foram dissipados, com a união de todos em prol do Brasil. 
  • Foi uma operação de vulto e contou com poucas baixas. 


REFERÊNCIAS:

- O texto foi adaptado da publicação do Blog Amigos do Saber: http://gustavoamigosdosaber.blogspot.com.br

- Crédito das fotos: historiador Jair Albeche




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