segunda-feira, 26 de outubro de 2015

ARMAS: Faca Kukri

Os Gurkhas são soldados nepaleses que compõem o Exército britânico. Estes pequenos guerreiros são conhecidos como uma das mais temíveis tropas de assalto do Exército Britânico, devido a sua tenacidade nata em combate, usando equipamentos convencionais das tropas britânicas e principalmente as suas tradicionais facas "kukri".




        Os Gurkhas como uma unidade de infantaria de elite, usam o mesmo equipamento moderno das outras unidades do Exército britânico, com uma exceção notável: o kukri, arma nacional nepalesa, que dispensam por nada e se aplicam no treinamento do seu  manuseio, cuja técnica foi obtida de ancestrais. Embora essa faca seja produzida em vários tamanhos (cerca de 25 a 40 cm de lâmina), todas elas têm em comum a lâmina curva.  

      
  Uma sólida empunhadura de madeira nativa da índia e mais o fato de que o fio é também curvo, são os principais fatores que intensificam a energia aplicada a golpes com essas facas. A partir de uma espiga redonda, a lâmina se achata e se alarga, tomando a forma de uma folha, com a ponta aguçada. A parte externa da lâmina é rombuda e grossa, mas o lado interno é como um fio de navalha. Feito de aço de primeira qualidade, o kukri é muito eficiente quando usado como cutelo. 

      
        Projetado com vistas à versatilidade, pode ser utilizado para abrir caminho na mata fechada, construir abrigos, rachar lenha ou como uma perigosa arma de combate. Os simétricos dentes constantes ao início do fio de uma kukri não servem - como se propaga - para arrebentar, logo ao início, a jugular do inimigo, mas sim para evitar que o sangue penetre na empunhadura, aumentando a possibilidade de comprometer o espigão da faca. 


       
       A kukri não se trata, de modo algum, de uma faca para ser lançada; ela é reservada para combate corpo a corpo. A curta distância, o kukri pode ser manejado com mais facilidade que a baioneta dos fuzis, além de provocar ferimentos mais graves. Desde que foram incorporados ao Exército britânico, os Gurkhas levam o kukri numa bainha presa ao cinto, junto aos outros itens do equipamento comum. Nessa posição, a faca pode ser puxada com rapidez. 






         
        Os Gurkhas em muitas guerras passadas as utilizavam para, aproximando-se silenciosamente de seus inimigos, deceparem-lhe a veia jugular, causando morte quase imediata; em combate aproximado, a kukri normalmente era empunhada com a ponta para cima, possibilitando, assim, assestar terríveis (e na maioria das vezes, mortais) golpes na fronte dos inimigos.

       
       Hoje na guerra moderna mais que tudo, a arma provoca um efeito psicológico devastador, e muitos soldados inimigos preferem fugir a ter de enfrentar os assustadores kukris dos combatentes Gurkhas. Segundo uma lenda, quando desembainham a kukri (inclusive só para limpá-la) sempre têm que haver derramamento de sangue, pois isso quando não está em combate um Gurkha deve ter um corte em um dedo ou em uma das mãos antes de guardá-lo, mas isso é apenas uma lenda.


REFERÊNCIAS:

- MEN AT ARMS, ed Osprey

- Fotos retiradas da internet
 

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